ESSÊNCIA

Jean-Baptiste-Camille Corot

“Rosas num Copo”, 1874

Óleo sobre tela

43,2 x 36 cm

    Há no MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) desde de Fevereiro de 2010 a exposição “Romantismo - A arte do entusiasmo”, composta por 79 obras divididas em nove seções, tais como a Paisagem Urbana, a Natureza e o Imaginário. O intuito da mostra é compor todos os preceitos do ideário romântico, que perpassa desde o impulso vital de representar a realidade momentânea (aqui e agora) como também a natureza e o corpo humano,  até chegar ao mundo dos sonhos e do exótico.

Para o filósofo britânico Isaiah Berlin, como cita o curador do MASP Teixeira Coelho, o Movimento Romântico (segunda metade do século XVIII e a primeira do XIX)  foi “a maior mudança no pensamento ocidental em todos os tempos”. Assim sendo, modificou todas as ideias antes estabelecidas e introduziu o individualismo e a subjetividade do artista sobre o mundo.

Vincent Van Gogh

“Passeio ao Crepúsculo”,1889/1890

Óleo sobre tela

75,5 x 70,5 cm

No entanto, toda essa sensibilidade e agitação de ideias não é exclusividade do período já citado, porque faz parte da essência humana, isto é, nas palavras de Teixeira Coelho “[...] uma estrutura profunda do imaginário manifestando-se de modo diverso em diferentes momentos da cultura ocidental”. Portanto, a exposição reúne obras desde o final do século XV até a atualidade com o propósito revelar o Romantismo a começar de as primeiras manifestações até os vestígios na sociedade contemporânea.

  Ao todo são 63 artistas, dentre eles El Greco, Bosch, Turner, Gauguin, Van Gogh, Corot, Renoir, Monet, Manet, Cézanne, Boldin, Dali, Rodin, Matisse, Amélia Toledo, León Ferrari e Marcelo Grassmann.

O que confere a mim, tive o prazer de ver obras-primas de Tuner, Van Gogh, Monet, Manet, Renoir, Matisse, e Dali. Dessa maneira, foi um passeio proveitoso onde pude sair satisfeita com o que vi, pois tive a oportunidade de observar atentamente diversos detalhes que compõe uma obra artística e me espantar com tanta dedicação e sentimento colocados em cada uma das tantas obras-primas ali presentes.

Paul Cézanne

“O Grande Pinheiro”, 1896

Óleo sobre tela

112 x 119 cm

Falando em espanto, devo aqui ressaltar que indignei-me com a equipe interna do MASP. As pessoas que lá trabalham não sabem abordar e lidar com os visitantes, muito menos conhecem as normas e regras que regem o museu. Veja meu exemplo, assim que adentrei a instituição estava com um copo de suco vazio na mão (vale lembrar que não localizei nenhum lixo nas proximidades), a segurança da porta liberou-me, a mulher do elevador também, então somente quando mudei de elevador avisaram-me que não podia entrar com líquidos.

Giovanni Boldin

“Senhora com Chápeu de Palha (Passeio Matinal)”, 1902/1905

Óleo sobre madeira

47,5 x 40 cm

Outro momento de constrangimento deu-se quando uma senhora de bengala, tendo dificuldades para ler as informações ao lado dos quadros, ultrapassou a linha de distanciamento e rapidamente foi abordada por um segurança reclamador, que ao invés de ser solicito vendo o problema da senhora a empurra para longe das obras.

Por fim, acrescentou-se ao meu contentamento um sentimento de reprovação que eu espero nas minhas próximas visitas ao MASP não ocorram mais. Será que este meu misto de contemplação e revolta só comprova o quanto o Romantismo realmente nos é inerente?

“Romantismo - A arte do entusiasmo”

Eu segundos antes de ser abordada por um segurança

Exposição: Desde 5 de fevereiro de 2010. Sem previsão de encerramento.

Horários: De terças a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às quintas das 11h às 20h.

Ingresso: R$ 15,00. Estudantes: R$ 7,00. Gratuito até 10 anos e acima de 60 anos. Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos.

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP
Telefone (55 - 11) 3251-5644 / Fax (55 - 11) 3284-0574

                                                                                                                  Por S. Moura