quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Takashi Fukushima expõe “Luz e Sombra” na AC Galeria de Arte


de Nina Faccio 

Exposição reúne 18 obras inéditas, que mostram a visão do artista sobre a dicotomia “claro/escuro”, traduzindo o diálogo da estética entre o Oriente e o Ocidente. 



O artista plástico Takashi Fukushima, um dos mais expressivos representantes do grupo de artistas nipo-brasileiros, volta à cena com a exposição individual “Luz e Sombra”, na AC Galeria de Arte (Rua José Maria Lisboa, 1008, Jardins, São Paulo).

A exposição reúne 18 obras feitas com técnica de nanquim sobre papel, acrílica sobre tela, grafite e nanquim sobre papel e acrílica sobre madeira, que mostram a visão do artista sobre a estética oriental, com a qual se identifica, em justaposição ao que ele chama de seu “estar” no mundo ocidental.  Natural de São Paulo, Takashi Fukushima conserva forte ligação com a cultura japonesa, onde nasceu e viveu seu pai, o também artista plástico Tikashi Fukushima.



Arquiteto e mestre em estruturas ambientais urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Takashi Fukushima é professor de desenho e expressão na própria FAU e também no curso de arquitetura e urbanismo da Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Mas é nas artes plásticas que ele - pintor, gravador, desenhista e cenógrafo - encontra o prazer da expressão. Desde 1969, quando participou do 13º Salão de Artes Plásticas do Grupo Seibi, na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, até agora, foram mais de uma centena de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no Exterior, colecionando prêmios Atepesp, Mambembe, Molière e APCA. 



A ideia de fazer “Luz e Sombra” nasceu há muitos anos, enquanto lia o livro El elogio de la sombra, de Junichiro Tanizaki, referenciando-a, principalmente, à arquitetura residencial e à arte japonesa. “A iluminação e a luz elétrica provocaram mudanças radicais no cotidiano da vida no Japão, desde o início do século 20. O ensaio de Tanizaki, de 1933, é uma reflexão sobre as transformações ocorridas na cultura local. Ele reflete sobre o excesso de iluminação e diz que os japoneses creem na beleza advinda das sombras”, explica Takashi Fukushima, acrescentando: “Não há sombra sem a luz”.




Takashi faz parte dos artistas da geração de 1960/1970, que tem um padrão de trabalho consistente, altamente técnico e, ao mesmo tempo, inspirador. Depois das suas series: Mato, mar e planetas, ele entra nesse novo tema, luz e sombra.
Como ja antes admiradora do trabalho do artista, recomendo muito a visita a exposição.

  


As obras podem ser vistas de 10 de agosto até 6 de setembro, de segunda à sexta-feira, das 10 às 18h; sábados das 10 às 14h. Entrada franca e livre. Mais informações pelo telefone (11) 3063.3707 ou pelo site www.acgaleria.com

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